Amo demais...

Amo demais...
Isso é uma fraqueza...

28.7.10

Cataclisma do Tempo...




O tempo que voa para mim não é o mesmo que corre pra você.
Às vezes, as horas se vão e eu nem percebo;
Outras, prego os olhos no relógio e este parece hipnotizado...
Encho a cabeça de afazeres para fazê-lo passar mais rápido e poder voltar...
Mas como voltar se eu corro?
Correr para trás, traz mau agouro, já dizia a minha bisavó!
Será que por isso que às vezes tudo desanda?
Corro todos os dias!
Corro, mas sempre que posso, volto.
Volto para onde nunca quis sair...
Para onde tenho as minhas raízes...
Onde plantei amores...
Se ao chegar, eles estiverem secos... Plantarei de novo!
Plantarei novos, talvez.
Porque amo aquele cheiro de terra molhada quando se inicia a chuva...
A brisa do vento batendo em meu rosto em dia quente...
O contraste entre o céu azul e as árvores...
O sorriso das crianças brincando na praça...
O canto dos pássaros...
O gosto do sorvete de Flocos...
Do lugar de onde eu nunca deveria ter saído...
...
Mas eu precisava correr...
Porque o tempo já corria pra mim, sem que eu percebesse...
O que me conforta hoje é o fato de poder voltar...
Voltar não significa retroceder, significa reviver...
Reviver, é viver de novo...
E eu viverei... novamente...
Correndo e revivendo...
Com o tempo passando...
A idade chegando...
Mas sempre voltando...
Porque como eu disse:
“Voltar, nem sempre é retroceder...”

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